O edifício Colón está localizado na cidade de Barcelona, na Catalunha; constituído por 28 pavimentos, construído em 1970 pelos prestigiados arquitetos, Anglada Ribas e Gelabert. Uma das suas principais características são as vistas panorâmicas de 360 graus sobre Barcelona, onde podemos apreciar a cidade, a montanha, o mar, o porto e os monumentos emblemáticos, oferecendo uma riqueza de imagens. 

O projeto consiste em uma reforma completa do apartamento localizado no 21° andar deste edifício para convertê-lo em uma residência unifamiliar. O projeto tira partido dessa visão panorâmica da cidade e propõe que a família relacione visualmente com os edifícios únicos da cidade, das montanhas e do mar, das mudanças atmosféricas e variações de luz que podem ser observadas e a incidência que estas têm na cidade contemplada a partir das alturas.

Para alcançar todo o acima mencionado, decide-se manter um perímetro livre nas fachadas, gerando uma circulação perimetral em torno de toda a planta. Desta forma, todos os membros da família podem desfrutar de maneira democrática todos os visuais que o edifício desfruta.

Uma vez que o perímetro foi estabelecido, um lado da planta foi designado para a área noturna, uma área mais privada e outra para a área do dia, uma área mais social, o que nos leva a gerar uma conexão visual e física entre ambos lados da planta. .

Ao fazê-lo, uma segunda fachada é gerada na área noturna composta pelos quartos. Esta fachada é projetada com um jogo de ritmo e texturas através de lâminas giratórias de madeira com lâminas, que abrem e fecham de maneiras diferentes ao longo do dia de acordo com as atividades realizadas no interior das habitações.

Um elemento importante criado no projeto é um mobiliário perimetral em todas as fachadas da planta. Este mobiliário contém diferentes funções de acordo com a localização da casa. A madeira lacada preta foi escolhida como material, o que contrasta e se destaca na casa como um elemento escultural, que une e abraça todos os ambientes da casa, desempenhando a função mais importante para os usuários, uma biblioteca.

Os quartos têm um tratamento único, como se propõe tratá-los como "móveis" em caixas de madeira com essa diversidade de textura, estas caixas não chegam completamente ao teto, separados 10cm de altura do teto para colocar iluminação indireta que ilumina o perímetro e enriquece visualmente o espaço.

Dentro do programa é solicitado um espaço de trabalho multiuso para cada criança dentro do quarto. Foi decidido levar essa área de trabalho para o mobiliário perimetral, mantendo um relacionamento com o quarto através das ripas de madeira.

No piso está estabelecido o parquet de madeira de carvalho e o chamamos de "piso envolvente", uma vez que a madeira sobe na parede até a altura da janela. Desta maneira, cria-se um envolvente onde todos os elementos da casa são colocados.

As paredes verticais na área social, tratadas em mármore branco, têm a função de setorizar os diferentes espaços e também, quando necessário, atuam como lâmpadas, uma vez que não atingem o teto. 

Quanto aos móveis, escolhemos cores muito neutras para não competir com as ricas texturas que mantemos no projeto, escolhemos modelos de cores entre bege, caramelo, cinza claro e madeira abedul, uma madeira muito leve.

Finalmente, no que diz respeito à iluminação, sempre que possível, é projetado indiretamente em paredes ou móveis, de modo que um teto muito limpo é mantido. No entanto, em casos especiais, iluminação embutida no gesso e lâmpadas de chão são colocadas.